QUEM TEM LIPEDEMA NÃO PODE USAR O MOUNJARO?
- Pablo Melo
- há 8 horas
- 3 min de leitura
Estudo recente mostra perda de até 39% de massa magra, o que pode piorar o lipedema quando o medicamento é usado de forma isolada

Afinal, o Mounjaro pode aumentar o lipedema?
O debate em torno do uso do Mounjaro (tirzepatida) ganha força entre pacientes e médicos, especialmente mulheres entre 35 e 40 anos. O medicamento, indicado para obesidade e diabetes, pode sim aumentar o lipedema em alguns grupos específicos de pacientes, principalmente quando prescrito sem uma abordagem integrada.
O ponto central não é o Mounjaro em si, mas a forma como ele é utilizado. “Sempre obedeci os 13 pontos da obesidade. Se o paciente é jovem, tem os hormônios equilibrados, condições de ganhar massa magra e inflamação controlada, o uso pode trazer bons resultados. Mas quando o tratamento é isolado, sem olhar para intestino, metabolismo e processos inflamatórios, o risco de piora existe”, explico.
O lipedema, por si só, já é uma condição inflamatória. Se o paciente perde massa magra de forma acentuada, como pode acontecer com o uso isolado do medicamento, o corpo não consegue compensar, e os sintomas do lipedema tendem a se agravar.
O que dizem os estudos
Um artigo publicado no The Lancet Diabetes & Endocrinology mostra que a tirzepatida pode promover ganho de massa magra quando combinada com mudanças estruturadas no tratamento da obesidade. O estudo pode ser consultado aqui: The Lancet - Tirzepatida e massa magra.
Ou seja: o medicamento em si não é o vilão. O problema está em usá-lo isoladamente, sem reposição adequada e sem tratar a base hormonal, inflamatória e metabólica do paciente.
Reposição é fundamental no lipedema
Para quem convive com lipedema, a reposição hormonal e vitamínica é estratégica.
A gestrinona atua de forma potente contra inflamação, circulação comprometida e aspectos hormonais, trazendo resultados visíveis.
O tadalafila pode auxiliar na melhora da circulação.
Em casos avançados, outras opções como oxandrolona ou até a reposição de estradiol têm impacto positivo, principalmente quando há varizes ou sintomas circulatórios importantes.
Além do emagrecimento, a desinflamação é peça-chave para controlar a progressão do lipedema.
Conclusão
O Mounjaro pode sim piorar o lipedema — quando mal prescrito e usado de forma isolada. Mas quando o tratamento segue uma visão completa da obesidade, com foco em massa magra, hormônios, inflamação e circulação, ele pode ser um aliado.
O que não dá é usar como “pílula mágica”, sem olhar para o todo. No lipedema, mais do que nunca, o tratamento tem que ser integrado.
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