A GESTRINONA AUMENTA O METABOLISMO E QUEIMA GORDURA
- Pablo Melo
- 29 de out.
- 3 min de leitura

Nos últimos anos, a gestrinona vem ganhando destaque entre os tratamentos hormonais voltados à saúde e estética da mulher. Embora tenha sido apelidada popularmente de “chip da beleza”, o uso desse hormônio vai muito além da aparência. Médicos especialistas têm ressaltado seus efeitos sobre o metabolismo, composição corporal e até na prevenção de doenças ginecológicas.
O que é a gestrinona e como ela age no organismo
A gestrinona é um hormônio sintético com efeito anabólico e androgênico, o que significa que ela aumenta o metabolismo, favorece a queima de gordura e estimula o crescimento muscular. Essa combinação explica por que muitas mulheres relatam mais disposição, energia e melhora na forma física após iniciar o tratamento.
No entanto, os especialistas alertam: ter um metabolismo mais acelerado não significa emagrecer automaticamente.
“É como dar um motor potente a alguém: ela pode usá-lo para ir à academia ou para o McDonald’s”, explica o Dr. Pablo Melo, médico e professor em hormonologia.
Ou seja, o uso da gestrinona deve estar acompanhado de hábitos saudáveis, alimentação equilibrada e cuidados com o intestino, fundamentais para garantir resultados seguros e duradouros.
Efeitos estéticos e terapêuticos: da celulite ao câncer ginecológico
Entre os efeitos mais comentados, a gestrinona é reconhecida por melhorar a aparência da pele e reduzir a celulite — resultado de sua ação sobre o metabolismo e a estrutura da gordura corporal. Além disso, ela vem sendo estudada e aplicada com sucesso em casos de lipedema, condição que causa acúmulo doloroso de gordura em determinadas regiões do corpo.
Mas o benefício vai muito além da estética. Pesquisas apontam que a gestrinona, quando usada corretamente, atua na melhora de doenças ginecológicas como:
Endometriose: reduz os focos de inflamação e alivia sintomas.
Miomas uterinos: contribui para a regressão dos nódulos.
Cânceres ginecológicos: estudos mostram que o hormônio pode diminuir a incidência e evolução de tumores em ovário, útero e mama.
Esses efeitos são ainda mais relevantes quando a gestrinona é usada em implantes hormonais, forma que permite liberação lenta e contínua, proporcionando maior estabilidade dos níveis hormonais e melhor tolerância.
A relação entre intestino e hormônios
Um ponto frequentemente negligenciado é o papel do intestino na saúde hormonal feminina.
Segundo o Dr. Pablo Melo, a maioria das mulheres com endometriose também apresenta problemas intestinais e inflamações crônicas.
“Muitas acham que o problema é hormonal, mas na verdade o intestino inflamado é que está desequilibrando o corpo. É comum receberem apenas anticoncepcionais, sem tratar a causa, e acabarem perdendo até a chance de engravidar”, alerta.
Por isso, um protocolo completo deve incluir ajustes alimentares, suplementação de vitaminas e estratégias para desinflamar o organismo — o que potencializa os resultados da gestrinona.
Nem sempre é o ‘chip da beleza’
Apesar dos benefícios, o uso inadequado da gestrinona pode trazer efeitos indesejados.
Casos de acne, queda de cabelo e alterações na pele podem ocorrer quando o tratamento não é individualizado.
“Chamam de chip da beleza, mas pode virar chip da feiura se for mal prescrito”, brinca o médico.
“Tudo depende de quem faz o acompanhamento e de como é conduzido o tratamento.”
A gestrinona é uma ferramenta poderosa — mas deve ser usada com acompanhamento médico especializado, respeitando exames, individualidade hormonal e estilo de vida de cada paciente.
Conclusão
A gestrinona representa um avanço na medicina hormonal feminina, unindo benefícios estéticos, metabólicos e terapêuticos. Quando bem indicada eacompanhada, pode transformar a saúde e o bem-estar da mulher. Mas, como todo hormônio, requer cuidado, personalização e conhecimento técnico para garantir que o “chip da beleza” não se torne o contrário.







